Tocar, encostar, sentir. O toque suave, cheio de boas intenções, e porque não de algumas más intenções. O toque que é puro, fruto do carinho, da compaixão, do amor. Toque este que te leva ao êxtase, do sentimento mais que saudável que é ser brim quisto, e também altamente desejável.
Não se vêem mais toques prolongados, aqueles que envolvem, como Drummond nos envolve, como Paris nos envolve. Os toques de hoje são rápidos, viris, às vezes deliciosos, mas quase sempre têm por finalidade saciar nossos instintos, que não podemos negar que todos temos.
Tocar a pele, as negras teclas do piano, ou mesmo a campainha da casa de alguém amado. Tocar o coração, a alma, o toque não físico, mas sim, o mais abstrato, o mais impalpável, e porque não o mais utópico.
Tocar com os olhos, desnudar, seduzir, devorar, despudorar. Tocar com o corpo inteiro, sentir o encontro dos poros, derramar gotas de vinho, sussurrar, enlouquecer, e nunca deixar de tocar.
Texto - André Ranzatti
30 de jan. de 2009
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Dé, este texto foi mais que um toque. Foi um carinho na alma. Adorei.
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