Estava dando uma olhada nos textos que tenho arquivado no computador e me deparei com um escrito para a minha terapeuta. Lembrei de imediato o quanto estar sentado naquela poltrona foi importante para mim.
Conhecer a si mesmo. Conhecer suas próprias entranhas. Conhecer seus monstros, mesmo ao olhar no espelho. Diagnosticar desejos, raivas, virtudes e defeitos. Ter o entendimento do profundo, do raso, do belo e também do horroroso que habita em nós. Deixar a música te tocar, as imagens devorarem sua retina, os odores entrarem sem pedir licença. Permitir o choro, o desespero, a alegria, a felicidade, por mais efêmera a vida. Orgulhar-se daquilo que é puro, e não ter vergonha de ser você mesmo. Não acreditar na plenitude, não almejar a perfeição. Acreditar naquilo que é, e pronto. Negar as convenções, sorver os pequenos momentos de êxtase. Não achar que a vida é algo difícil, aprender a rir de si mesmo, do mundo, não se levar tanto a sério. Cuidar de quem está perto, dar-lhe colo. Puxar orelhas. Chorar, chorar, chorar. Entender a dor e não esquecer que ela pode ser, inconscientemente, uma de suas melhores amigas. Amar, amar, amar. Amar com a mais pura alma. Amar com todos os sentidos. Deixar a paixão chegar e não afastá-la. Estas são muitas das coisas que você me ensinou. Obrigado por acreditar em mim. Obrigado.
17 de fev. de 2009
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Lindo, isso! Dé, uma sugestão : coloque a data que você escreveu esse texto, caso você a tenha. Acho importante. Mostra um novo André e acho que essa "melhora" em sua visão de si mesmo merece uma data. Não tiro uma palavra do que você escreveu, sabe por quê? Porque esse é o Dé que eu conheço. Lindo por fora e maravilhoso por dentro.
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