No período de 24 horas recebi duas notícias, opostas por sinal. A mãe de uma amiga havia falecido e uma aluna me comunicou que vai ser mãe. Parei para pensar. Pensar na vida e também na morte. Duas famílias que sentiram emoções opostas. Sorrisos e lágrimas. Lágrimas e dor. Emoção, a mais pura emoção. Será que para que este novo bebê nascer teria que alguém partir? Será que a vida de um depende da morte de um outro? Como se fosse matemática? Mais um, menos um? Só sei que enquanto uns não mais terão a oportunidade de conversar com seu ente amado, não assim com palavras, mas com certeza por meio de suas lembranças e corações, outros estarão ansiosos para ouvir a primeira palavra. Será “papai” ou “mamãe”?
Mas a vida continua, uns com as incertezas e medos próprios aos que geram outra vida, e outros se adaptando e aprendendo a administrar sua própria dor. Nada como um dia após o outro.
26 de mai. de 2009
22 de mai. de 2009
No Meio da Multidão!!!!
A data ao certo, não sei. Só me lembro de estar no Rio de Janeiro com amigos. Preparávamos para mais uma maratona musical. Horas e mais horas de música, ônibus lotado, muito pó (aquele que sai da terra, para ser bem claro), e umas latas de cerveja. Naquela época, isqueiros eram acesos ao invés dos celulares. Era mais jovem, era mais aventureiro, talvez. Me lembro muito bem do Michael Stipes entrando no palco com um copo de caipirinha na mão e gritou: "Brasil, we've made it". A partir daí, a lembrança de um dos melhores shows de rock que assistí até hoje. Ladies and gentlemen, REM.
20 de mai. de 2009
Leitura!!!!!!
Semana passada, enquanto esperava o início da peça A Alma Imoral no teatro Eva Hertz, que fica dentro da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, me deparei com o livro do psicanalista Jorge Forbes que se chamava "VOCÊ QUER O QUE DESEJA?". Fiquei doido para comprá-lo. Com um exemplar em mãos, exatamente uma semana depois, começarei a devorá-lo. Se vou descobrir se o que eu quero é exatamente o que desejo, não tenho a mínima idéia. Só dá aquele medinho de atrapalhar mais a cabeça e ter que ligar para a minha pscanalista e agendar uma consulta de emergência. Se eu chegar a alguma conclusão, juro que colocarei meus achados aqui para compartilhar com vocês.
É só começar e rezar pra não pirar!!!!!!!!!
É só começar e rezar pra não pirar!!!!!!!!!
17 de mai. de 2009
Macy Gray - I Try
Estava escolhendo um Cd para ouvir no carro e me deparei com o promeiro Cd da cantora Macy Gray. Me lembro de quando fui ao Show com um amigo, ainda era o Free Jazz festival. A maluca deitou no palco e cantou uma música inteira deitada no chão.
A arena estava lotada, a música era muito boa, o público era diferente e estiloso. Como é bom ter a oportunidade de ver ao vivo aqueles que te tocam de alguma forma.
A arena estava lotada, a música era muito boa, o público era diferente e estiloso. Como é bom ter a oportunidade de ver ao vivo aqueles que te tocam de alguma forma.
13 de mai. de 2009
O Antiquário
Os carros estavam literalmente parados por toda extensão da Avenida Paulista. Era um dia de verão tão quente que pedaços de corpos eram mostrados sem o menor pudor. Garotas de blusas de alcinha e mini saias que mais pareciam com uniforme escolar.
Camila era mais uma vestida assim. Mulher bem formada, como diriam os pedreiros de um empreiteira que construíam um novo edifício no coração financeiro de São Paulo, andava faceira por suas calçadas. A saia era curta, muito curta para o olhar repreensor de seu Jairo, pai de Camila. A blusa bem colada ao corpo, delineava belas curvas para uma mulher que passava dos trinta anos.
Camila sabia que os homens lhe falariam algumas obscenidades, mas ela fingia-se de surda. Quando os galanteios, que por muitas vezes eram puras frases grosseiras, eram proferidos, Camila fazia cara feia e continuava a andar, não dando atenção, mas lá, bem lá no fundinho de seu ser, quanto mais rude a cantada, mais ela gostava.
Na direção contrária, Camila viu um rapaz mais jovem que vestia bermudas camufladas e camiseta regata. Seu corpo musculoso chamou sua atenção. Quando os dois se cruzaram, Camila percebeu que o rapaz havia se virado para olhá-la. Ela sabia do que sua bunda era capaz. Fazendo cara de ingênua, ela olhou para trás e viu Junior olhando em sua direção. Acalmou o passo e seguiu em frente.
Segundos após, sentiu que alguém andava ao seu lado, seguindo seu ritmo. Era ele. Junior havia dado meia volta e a perseguia no meio de tantas pessoas. Ele a abordou e perguntou para onde ela estava indo. Ela lhe disse que iria encontrar uma amiga para almoçar. Ele a convidou para tomar um suco, que seria coisa rápida, que não queria atrapalhá-la. Camila aceitou na hora.
A lanchonete onde pararam não era das mais limpas, mas em companhia de um corpo daqueles, Camila nem percebeu a higiene do estabelecimento. Foi que em minutos Camila ficou sabendo que Junior trabalhava num antiquário na Avenida Europa, era estudante de arquitetura e morava perto do metro Vila Mariana em um apartamento que dividia com um amigo. Ele a convidou para conhecer o antiquário e lhe deu seu telefone.
Depois de sair do banho, Camila sentou-se nua em sua cama, pegou o telefone e ligou para Junior. Combinaram de se encontrar em frente ao antiquário na manhã seguinte, pois o chefe dele não estaria no trabalho pela manhã. Ele disse à Camila que o chefe era um gay chato, que implicava com tudo e com todos, e por isso achava melhor que ela o visitasse quando ele não estivesse por lá.
Mal Camila tocou a campainha do belo sobrado, a porte se abriu. Junior a puxou para dentro e fechou a porta rapidamente. Quando percebeu, Camila já era beijada calorosamente por Junior. Logo após a ardente troca de saliva, Junior disse que não havia dormido a noite inteira, pensando em seu corpo. A deitou em um divã, que diziam ter pertencido ao famoso psicanalista Sigmund Freud, e puxou suas calcinhas. Em frações de segundo estavam nus, corpos se entrelaçando, num exercício matinal pra lá de saudável.
Do divã para a escrivaninha francesa datada da corte de um Luis qualquer. Foi debruçada aquele móvel de madeira que Camila sentiu o grosso falo de Junior penetrar em seu ânus. Em frente a um belíssimo espelho veneziano, Junior se deleitava ao sentir, e ao olhar, os carnudos lábios de Camila engolirem seu pênis. Junior não negava a raça masculina. Sexo bom para qualquer homem havia de ter um espelho por perto. O sexo masculino era, é e sempre será muito visual, e que as mulheres entendam isso.
Depois de meia hora de troca de fluidos, Camila se encostou em um sofá, completamente exausta. Se recompôs e foi embora. O chefe estava para chegar. Foram vários outros encontros na loja. A cada dia testavam novas posições em novos pedaços de mobília. Quase que todos os móveis foram palco para aqueles belos exercícios sexuais.
Um amigo de Camila a havia convidado para seu aniversário.Gay assumido, João se encontraria com amigos numa boate GLS e Camila iria com eles. Ao entrar na boate, Camila se deparou com um homem que estava de costas para ela, que se parecia em muito com Junior. Para sua surpresa, não é que era ele mesmo.
Junior estava abraçado com um homem baixo, meio gordinho, e este lhe acariciava suas costas. Camila discretamente perguntou ao amigo se ele já havia visto aquele rapaz em algum lugar. Ela quase desmaiou ao saber que Junior era um garoto de programa que já havia saído com boa parte de seus amigos.
Nem é necessário dizer que Camila nunca mais ligou para Junior, e consequentemente perdeu as esperanças nos homens.
Camila era mais uma vestida assim. Mulher bem formada, como diriam os pedreiros de um empreiteira que construíam um novo edifício no coração financeiro de São Paulo, andava faceira por suas calçadas. A saia era curta, muito curta para o olhar repreensor de seu Jairo, pai de Camila. A blusa bem colada ao corpo, delineava belas curvas para uma mulher que passava dos trinta anos.
Camila sabia que os homens lhe falariam algumas obscenidades, mas ela fingia-se de surda. Quando os galanteios, que por muitas vezes eram puras frases grosseiras, eram proferidos, Camila fazia cara feia e continuava a andar, não dando atenção, mas lá, bem lá no fundinho de seu ser, quanto mais rude a cantada, mais ela gostava.
Na direção contrária, Camila viu um rapaz mais jovem que vestia bermudas camufladas e camiseta regata. Seu corpo musculoso chamou sua atenção. Quando os dois se cruzaram, Camila percebeu que o rapaz havia se virado para olhá-la. Ela sabia do que sua bunda era capaz. Fazendo cara de ingênua, ela olhou para trás e viu Junior olhando em sua direção. Acalmou o passo e seguiu em frente.
Segundos após, sentiu que alguém andava ao seu lado, seguindo seu ritmo. Era ele. Junior havia dado meia volta e a perseguia no meio de tantas pessoas. Ele a abordou e perguntou para onde ela estava indo. Ela lhe disse que iria encontrar uma amiga para almoçar. Ele a convidou para tomar um suco, que seria coisa rápida, que não queria atrapalhá-la. Camila aceitou na hora.
A lanchonete onde pararam não era das mais limpas, mas em companhia de um corpo daqueles, Camila nem percebeu a higiene do estabelecimento. Foi que em minutos Camila ficou sabendo que Junior trabalhava num antiquário na Avenida Europa, era estudante de arquitetura e morava perto do metro Vila Mariana em um apartamento que dividia com um amigo. Ele a convidou para conhecer o antiquário e lhe deu seu telefone.
Depois de sair do banho, Camila sentou-se nua em sua cama, pegou o telefone e ligou para Junior. Combinaram de se encontrar em frente ao antiquário na manhã seguinte, pois o chefe dele não estaria no trabalho pela manhã. Ele disse à Camila que o chefe era um gay chato, que implicava com tudo e com todos, e por isso achava melhor que ela o visitasse quando ele não estivesse por lá.
Mal Camila tocou a campainha do belo sobrado, a porte se abriu. Junior a puxou para dentro e fechou a porta rapidamente. Quando percebeu, Camila já era beijada calorosamente por Junior. Logo após a ardente troca de saliva, Junior disse que não havia dormido a noite inteira, pensando em seu corpo. A deitou em um divã, que diziam ter pertencido ao famoso psicanalista Sigmund Freud, e puxou suas calcinhas. Em frações de segundo estavam nus, corpos se entrelaçando, num exercício matinal pra lá de saudável.
Do divã para a escrivaninha francesa datada da corte de um Luis qualquer. Foi debruçada aquele móvel de madeira que Camila sentiu o grosso falo de Junior penetrar em seu ânus. Em frente a um belíssimo espelho veneziano, Junior se deleitava ao sentir, e ao olhar, os carnudos lábios de Camila engolirem seu pênis. Junior não negava a raça masculina. Sexo bom para qualquer homem havia de ter um espelho por perto. O sexo masculino era, é e sempre será muito visual, e que as mulheres entendam isso.
Depois de meia hora de troca de fluidos, Camila se encostou em um sofá, completamente exausta. Se recompôs e foi embora. O chefe estava para chegar. Foram vários outros encontros na loja. A cada dia testavam novas posições em novos pedaços de mobília. Quase que todos os móveis foram palco para aqueles belos exercícios sexuais.
Um amigo de Camila a havia convidado para seu aniversário.Gay assumido, João se encontraria com amigos numa boate GLS e Camila iria com eles. Ao entrar na boate, Camila se deparou com um homem que estava de costas para ela, que se parecia em muito com Junior. Para sua surpresa, não é que era ele mesmo.
Junior estava abraçado com um homem baixo, meio gordinho, e este lhe acariciava suas costas. Camila discretamente perguntou ao amigo se ele já havia visto aquele rapaz em algum lugar. Ela quase desmaiou ao saber que Junior era um garoto de programa que já havia saído com boa parte de seus amigos.
Nem é necessário dizer que Camila nunca mais ligou para Junior, e consequentemente perdeu as esperanças nos homens.
10 de mai. de 2009
Millôr Sempre Millôr
GENÉTICA - a genética geralmente impede que o filho do rico seja pobre.
GÊNIO - escritor, para ser genial, não precisa ter muitas idéias: basta que sejam incompreensíveis.
BONDADE - Pode ser engano, mas, pela situação do mundo, parece que o leite da bondade humana azedou de vez.
IDÉIA - a nobreza de uma idéia não tem nada a ver com o canalha que a exprime.
MERCHANDISING - Cristo voltou. Só não ficou porque não encontrou patrocinador.
PINTURA - a pintura abstrata é uma coisa sem pé nem cabeça.
VERDADE - a verdade é aquilo que sobra depois que você esgotou as mentiras.
GÊNIO - escritor, para ser genial, não precisa ter muitas idéias: basta que sejam incompreensíveis.
BONDADE - Pode ser engano, mas, pela situação do mundo, parece que o leite da bondade humana azedou de vez.
IDÉIA - a nobreza de uma idéia não tem nada a ver com o canalha que a exprime.
MERCHANDISING - Cristo voltou. Só não ficou porque não encontrou patrocinador.
PINTURA - a pintura abstrata é uma coisa sem pé nem cabeça.
VERDADE - a verdade é aquilo que sobra depois que você esgotou as mentiras.
3 de mai. de 2009
My Immortal
O Rogério gravou um Cd para ouvirmos na chácara. Entre tantas músicas, estava esta. Evanescence - My Immortal. O clipe é demais, preto e branco, a voz é muito boa e um dos versos que mais gosto. "There's just too much that time can not erase". Pode até ser piegas, mas é o que acho. Vai fazer o que?
I'm so tired of being here, suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
Your presence still lingers here and it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal, this pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me
You used to captivate me by your resonating light
Now, I'm bound by the life you left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me
These wounds won't seem to heal, this pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me, I've been alone all along
When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me, me, me
I'm so tired of being here, suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
Your presence still lingers here and it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal, this pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me
You used to captivate me by your resonating light
Now, I'm bound by the life you left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me
These wounds won't seem to heal, this pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me, I've been alone all along
When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me, me, me
De Mãos Dadas
Outro dia estava conversando com uma amiga quando um casal de velhinhos passou em nossa frente e estavam de mãos dadas. “Olha que bonitinho” - foi o que minha amiga disse no exato momento que viu a cena.
Para mim aquela cena era normal. Fiquei pensando no porque. Quarenta e sete anos se passaram desde aquele encontro. Ele estava trajando terno e ela um vestido branco. Disseram SIM em frente aos amigos e parentes. Começaram uma vida a dois. Passaram por várias dificuldades, financeiras e emocionais. Sempre um ao lado do outro. Construíram uma história, educaram filhos, riram juntos, discutiram outras vezes. Quiseram acertar. Provavelmente erraram algumas. Tiveram vontade de trancar a porta para nunca mais voltar. Tiveram a felicidade de saber que um esperava pelo outro no final de mais um dia normal.
Quarenta e sete anos. Ainda hoje andam de mãos dadas. Celebração ao amor. Celebração à vida. Parabéns ao meu pai e minha mãe.
Para mim aquela cena era normal. Fiquei pensando no porque. Quarenta e sete anos se passaram desde aquele encontro. Ele estava trajando terno e ela um vestido branco. Disseram SIM em frente aos amigos e parentes. Começaram uma vida a dois. Passaram por várias dificuldades, financeiras e emocionais. Sempre um ao lado do outro. Construíram uma história, educaram filhos, riram juntos, discutiram outras vezes. Quiseram acertar. Provavelmente erraram algumas. Tiveram vontade de trancar a porta para nunca mais voltar. Tiveram a felicidade de saber que um esperava pelo outro no final de mais um dia normal.
Quarenta e sete anos. Ainda hoje andam de mãos dadas. Celebração ao amor. Celebração à vida. Parabéns ao meu pai e minha mãe.
24 de abr. de 2009
Citação 07
"Um marido surdo e uma mulher cega são sempre um casal feliz"
Harold Thompson
Esta frase de Harold Thompson é de 1939. Será que depois de 70 anos alguma coisa mudou?
Harold Thompson
Esta frase de Harold Thompson é de 1939. Será que depois de 70 anos alguma coisa mudou?
Hedonismo
No Aurélio: Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida.
Então, se é isto que hedonismo significa:
Quero tomar um banho de cores. Quero ficar estático em frente a telas cobertas de tinta. Tantas cores que me cansam de contá-las.
Quero ficar fatigado de dós, mis e sis. O simples fato de ficar imerso em sons. Uma voz, um rádio, uma melodia. Philip Glass, Macy Gray, ou talvez a voz da vez.
Quero recostar na cama e sentir entre meus dedos o peso de um livro. Letras e mais letras. Letras finitas que contam histórias infinitas.
Quero entrar na sala escura e esperar para ver os movimentos na tela. Filmes, atores e atrizes, outros mundos, mundos risíveis ou atrozes. Mundos reais ou utópicos.
Quero poder parar. Parar para olhar. Parar para ver. Parar para ouvir. Parar até o momento que eu consiga parar de pensar.
texto - André Ranzatti
Então, se é isto que hedonismo significa:
Quero tomar um banho de cores. Quero ficar estático em frente a telas cobertas de tinta. Tantas cores que me cansam de contá-las.
Quero ficar fatigado de dós, mis e sis. O simples fato de ficar imerso em sons. Uma voz, um rádio, uma melodia. Philip Glass, Macy Gray, ou talvez a voz da vez.
Quero recostar na cama e sentir entre meus dedos o peso de um livro. Letras e mais letras. Letras finitas que contam histórias infinitas.
Quero entrar na sala escura e esperar para ver os movimentos na tela. Filmes, atores e atrizes, outros mundos, mundos risíveis ou atrozes. Mundos reais ou utópicos.
Quero poder parar. Parar para olhar. Parar para ver. Parar para ouvir. Parar até o momento que eu consiga parar de pensar.
texto - André Ranzatti
21 de abr. de 2009
Fragmentos
Inicio hoje a "postar" textos ou fragmentos de textos que de alguma maneira me dizem algo a mais. Pode ser a simplicidade, pode ser a métrica, ou algo que não saberia explicar. decidi começar com um trecho do meu livro AMORES NO MASCULINO onde tentei falar sobre o cenário gay. Me lembro bem quando parei para reler o que havia escrito e tive uma boa sensação. Pela primeira vez senti que tinha realmente gostado daquilo que uma velha caneta tinha deixado marcado em linhas brancas de um caderno qualquer.
" Chegamos ao lugar, que parecia estar vazio. Achamos que era por causa da hora. Só uma da manhã. As baladas começam a encher depois das duas horas. Para mim, um pouco cansativo. Tudo muito tarde. Sessão vampiro. Parece que temos que nos esconder da sociedade para sermos realmente quem somos. Quanto mais tarde melhor, pois os olhos puritanos e cristãos se encontram fechados, e não são capazes de jogar seu repúdio sobre nós, conhecidos, superficialmente por muitos, como pecadores e pervertidos."
" Chegamos ao lugar, que parecia estar vazio. Achamos que era por causa da hora. Só uma da manhã. As baladas começam a encher depois das duas horas. Para mim, um pouco cansativo. Tudo muito tarde. Sessão vampiro. Parece que temos que nos esconder da sociedade para sermos realmente quem somos. Quanto mais tarde melhor, pois os olhos puritanos e cristãos se encontram fechados, e não são capazes de jogar seu repúdio sobre nós, conhecidos, superficialmente por muitos, como pecadores e pervertidos."
14 de abr. de 2009
Noite
Estão todos por aí. Os bares cheios, as boates com filas nas portas. A noite está só começando e todos preparados para “se dar bem”. Queremos um encontro pelo menos. Queremos outros lábios, outra saliva. Estamos cansados da nossa. Elas passam as mãos nos cabelos enquanto eles estufam os peitos quando pisam em qualquer recinto. Elas pedem uma caipirinha de vodca com adoçante e tomam com canudinho. Eles pedem uma cerveja e ficam encostados nas paredes analisando uma por uma. Registram todas, fazem uma seleção prévia e saem para o ataque. Elas ficam “na delas”. Esperam ser abordadas. As que os abordam os assustam. “Elas estão roubando nosso papel”, diria um menos favorecido de raciocínio. Uma cantada super original é esperada. Se for uma muito cafona, ela diz o famoso “mas”. “A cantada foi cafona, admito, mas ele é tão charmoso”. O papo rola. Uma outra caipirinha e outra cerveja são pedidas. Se ele for ao bar e voltar com a bebida dela na mão, ela acha ele gentil. Acorda garota, ele faz isso pra facilitar seu único e legítimo interesse: te pegar. Ele sabe que você vai pensar que ele é uma graça. Eles já desenvolveram suas técnicas. Vai fazer o inverso pra ver se ele gosta. No fundo, no fundo, as mulheres querem que eles paguem pelos seus porres. Estou errado? Beijos, beijos e risadas. A noite vai acabando, os corpos cansados vão pedindo por descanso. Os que ainda têm forças, trepam. Outros trocam telefones. Amanhã é um novo dia. Tudo começa de novo. A garota de ontem e o rapaz de ontem ficaram no passado.
A noite é sempre noite para héteros, gays, bissexuais. É quase sempre tudo muito igual.
A noite é sempre noite para héteros, gays, bissexuais. É quase sempre tudo muito igual.
12 de abr. de 2009
O Melhor
O que é melhor: saber que tenho alguém para ouvir meus demônios, ou meus gemidos?
O que é melhor: saborear o abraço de um amigo antigo ou a pele de um desconhecido?
O que é melhor: levar um beijo antes de dormir ou trocar fluídos com alguém que nem vou saber o nome?
O que é melhor: dividir um cálice com quem se ama ou um cálice com um estranho?
O que é melhor: lembrar de um amor verdadeiro ou não ter amor para lembrar?
O que é melhor: assistir um filme de mãos dadas ou com a mão cheia de pipocas?
O que é melhor: saber que alguém te ama ou ficar na fissura de amar alguém?
O que é melhor? O melhor cabe a nós mesmos.
texto - André Ranzatti
O que é melhor: saborear o abraço de um amigo antigo ou a pele de um desconhecido?
O que é melhor: levar um beijo antes de dormir ou trocar fluídos com alguém que nem vou saber o nome?
O que é melhor: dividir um cálice com quem se ama ou um cálice com um estranho?
O que é melhor: lembrar de um amor verdadeiro ou não ter amor para lembrar?
O que é melhor: assistir um filme de mãos dadas ou com a mão cheia de pipocas?
O que é melhor: saber que alguém te ama ou ficar na fissura de amar alguém?
O que é melhor? O melhor cabe a nós mesmos.
texto - André Ranzatti
8 de abr. de 2009
Desejos
Ah, como eu gostaria de poder pintar como os Impressionistas. Deixar marcado em telas que foram brancas, a doçura, suavidade e sensibilidade de suas sutis pinceladas.
Ah, como eu gostaria de poder cantar como os pássaros. Alegrar o dia, misturar ao som das metrópoles o doce som da natureza, da pureza.
Ah, como eu gostaria de atuar como os grandes atores. Experimentar novas vidas, novas realidades e tentar passar emoção e tocar corações de vários desconhecidos que iriam se lembrar daquela performance.
Ah, como eu gostaria de ter o dom dos grandes escritores. Levar as pessoas ao desconhecido, às loucuras de uma mente que trabalha no abstrato, que cria mundos mágicos, mundos reais e também mundos utópicos.
Ah, como eu gosto de sentir intensamente aquilo que a vida me apresenta. Sofrer e sorrir, chorar e rir, sentir e sumir, amar, beijar.
Ah, como eu gostaria... Ah, como eu gostaria...
Ah, como eu...
Ah, com...
Ah,...
Texto - André Ranzatti
Ah, como eu gostaria de poder cantar como os pássaros. Alegrar o dia, misturar ao som das metrópoles o doce som da natureza, da pureza.
Ah, como eu gostaria de atuar como os grandes atores. Experimentar novas vidas, novas realidades e tentar passar emoção e tocar corações de vários desconhecidos que iriam se lembrar daquela performance.
Ah, como eu gostaria de ter o dom dos grandes escritores. Levar as pessoas ao desconhecido, às loucuras de uma mente que trabalha no abstrato, que cria mundos mágicos, mundos reais e também mundos utópicos.
Ah, como eu gosto de sentir intensamente aquilo que a vida me apresenta. Sofrer e sorrir, chorar e rir, sentir e sumir, amar, beijar.
Ah, como eu gostaria... Ah, como eu gostaria...
Ah, como eu...
Ah, com...
Ah,...
Texto - André Ranzatti
6 de abr. de 2009
Outras do Millôr
AUTOCRÍTICA - Toda vez que, na intimidade do banheiro, ficava nua, ela morria de rir de seus admiradores.
CRISTIANISMO - Quem dá aos pobres é uma raridade.
DESISTÊNCIA - Se eu fosse o papa vendia tudo e ia embora.
FEMINISMO - As mulheres, afinal, já estão com tudo. Isto é - só falta um pedacinho.
FIDELIDADE - Chama-se de fidelidade esse esforço desvairado que o homem faz para se contentar com uma mulher só. (A frase vale também para a mulher.)
HOMOSSEXUALISMO - Urgências filolibídicas orientadas para canais fisiológicos sem função progenitiva.
RACISTA - Racista é o cara que jamais mandou examinar sua árvore genealógica.
RICOS E POBRES - Pensando nisso, por que pobre não faz voto de riqueza?
Boa semana!!!!!!
CRISTIANISMO - Quem dá aos pobres é uma raridade.
DESISTÊNCIA - Se eu fosse o papa vendia tudo e ia embora.
FEMINISMO - As mulheres, afinal, já estão com tudo. Isto é - só falta um pedacinho.
FIDELIDADE - Chama-se de fidelidade esse esforço desvairado que o homem faz para se contentar com uma mulher só. (A frase vale também para a mulher.)
HOMOSSEXUALISMO - Urgências filolibídicas orientadas para canais fisiológicos sem função progenitiva.
RACISTA - Racista é o cara que jamais mandou examinar sua árvore genealógica.
RICOS E POBRES - Pensando nisso, por que pobre não faz voto de riqueza?
Boa semana!!!!!!
2 de abr. de 2009
O Instinto Masculino
Minha bisavó dizia: “Homem é mesmo assim”. Minha avó dizia: “Ele é homem, não é como as mulheres”. Minha mâe dizia: “Homem sempre foi e sempre será assim”. Se fizermos uma conta, podemos afirmar que há bons anos ouvimos estes mesmos discursos, todos dando liberdade aos homens de se comportarem de acordo com o “instinto masculino”. Este “instinto” é aquele instinto animal de que todos falam. Sempre achei um pouco perigoso pensar que temos o “instinto animal”. Não gosto deste “animal”. será que realmente somos como nossos cachorrinhos?
Daí eu te pergunto: quando aquela gostosa do bairro passar por você num dia ensolarado, vestindo uma mini saia e blusinha que salienta fartos seios, o que você faz? E se ela passar por você e lhe der uma piscadinha? Sairia você atrás dela, correndo com saliva na boca e falo na mão e a possuiria no meio de uma rua movimentada?
Se uma cadela no cio passasse em frente de um cachorro qualquer e deixasse que ele a cheirasse, aposto que o cachorro a possuiria no mesmo momento. É seu instinto animal, não?
Tanta volta para falar como a sociedade trata o tema do “instinto masculino”. Acho que homens são diferentes dos animais. Diferentemente, homens têm controle sobre seus atos. Homens não são seres salivantes que ficam eretos assim, de repente. A não ser quando acordam pela manhã e se deparam com tal situação.
Quando a sociedade diz “homem é assim mesmo”, acredito que damos a eles a possibilidade de não respeitar seus pares. É bem cômodo apelar para o “instinto masculino” para justificar puladas de cerca. Sendo assim, o tempo passa, os homens arrumam desculpas para sua própria desonestidade. Pessoas são magoadas.
Provavelmente não estarei vivo para ouvir homens comentando uns com os outros sobre o “instinto feminino”.
Daí eu te pergunto: quando aquela gostosa do bairro passar por você num dia ensolarado, vestindo uma mini saia e blusinha que salienta fartos seios, o que você faz? E se ela passar por você e lhe der uma piscadinha? Sairia você atrás dela, correndo com saliva na boca e falo na mão e a possuiria no meio de uma rua movimentada?
Se uma cadela no cio passasse em frente de um cachorro qualquer e deixasse que ele a cheirasse, aposto que o cachorro a possuiria no mesmo momento. É seu instinto animal, não?
Tanta volta para falar como a sociedade trata o tema do “instinto masculino”. Acho que homens são diferentes dos animais. Diferentemente, homens têm controle sobre seus atos. Homens não são seres salivantes que ficam eretos assim, de repente. A não ser quando acordam pela manhã e se deparam com tal situação.
Quando a sociedade diz “homem é assim mesmo”, acredito que damos a eles a possibilidade de não respeitar seus pares. É bem cômodo apelar para o “instinto masculino” para justificar puladas de cerca. Sendo assim, o tempo passa, os homens arrumam desculpas para sua própria desonestidade. Pessoas são magoadas.
Provavelmente não estarei vivo para ouvir homens comentando uns com os outros sobre o “instinto feminino”.
31 de mar. de 2009
Minha Vida de Stripper
Não se assustem. Não virei stripper. Meu corpo não seria capaz de atrair nenhum centavo. Estou falando sobre um livro com este título. MINHA VIDA DE STRIPPER. Tinha visto uma matéria sobre este livro que foi escrito pela roterista Diablo Cody na revista Piauí. Diablo é a premiada roteirista do filme Juno, e em 2005 havia publicado este livro falando sobre uma fase de sua vida quando trabalhou como Stripper nos EUA. Depois de muita procura consegui comprar um exemplar do livro e foi só começar para eu não conseguir parar. Umas 200 páginas devoradas como se fosse um canibal curioso pela vida dos outros. Não me chamem de fofoqueiro, ok!!!! Risos. O que mais gostei ao ler o livro foi perceber que aqueles que trabalham na indústria do sexo, e são chamados de amorais, pervertidos, entre outras coisas, são os mais lúcidos. Se minha avó fosse viva, diria que as histórias ali relatadas seriam CABELUDAS. Distintos trabalhadores, cobertos por tecidos nobres, são coadjuvantes de histórias tão absurdas e bizarras que minha maluca imaginação não poderia criar. a moça que tira sua roupa em troca de uns dólares é no fundo a mais "normal", a mais sã de todos. Mas pelo simples fato de ela tirar a poupa para ganhar sua graninha, é taxada com os piores adjetivos. Para quem gosta de um narrativa ágil, cheia de surpresas e bem divertida, recomendo a sua leitura. Não pense que vai ler algo tão bem escrito como os livros do Mario Vargas Lhosa. Mas com certeza, vai ler algo muito revelador sobre a condição humana.
Ah, esta é Diablo Cody recebendo o Oscar pelo filme Juno.
Ah, esta é Diablo Cody recebendo o Oscar pelo filme Juno.
24 de mar. de 2009
Citação 06
" A ignorância produz atrevimento; a reflexão, vagar "
Péricles
Se você já passou dos trinta, concorda ou não com esta afirmação? Para ser sincero, prefiro muito mais minha vida aos 30 do que aos 20. As coisas parecem ser mais serenas, apesar do confuso mundo em que vivemos. Menos medos, menos incertezas, um pouco mais de prudência, que admito deixá-la de lado algumas vezes. A única coisa que realmente ainda tento domar é minha língua. São tantos comentários, mas tantos. Muitos não passam de tolices.Outros até parecem ajuizados. quem me conhece sabe que no fundo gosto mesmo de dizer um monte de bobeiras. Que seja sempre assim.
Péricles
Se você já passou dos trinta, concorda ou não com esta afirmação? Para ser sincero, prefiro muito mais minha vida aos 30 do que aos 20. As coisas parecem ser mais serenas, apesar do confuso mundo em que vivemos. Menos medos, menos incertezas, um pouco mais de prudência, que admito deixá-la de lado algumas vezes. A única coisa que realmente ainda tento domar é minha língua. São tantos comentários, mas tantos. Muitos não passam de tolices.Outros até parecem ajuizados. quem me conhece sabe que no fundo gosto mesmo de dizer um monte de bobeiras. Que seja sempre assim.
21 de mar. de 2009
Memórias
Foi numa passada na Livraria Cultura que comprei para rever o filme SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Voltei no tempo quase que uns vinte anos. O cabelo nem dava sinal de uma futura escassez, algumas espinhas, que deixariam marcas, cobriam o rosto. Um garoto franzino, que vivia num mundo seu. Sonhador com o futuro, apesar de não tem a mínima noção de como sua vida viria a ser. Me lembro bem, como emocionado fiquei ao assistí-lo. Aqueles garotos descobrindo a vida, seus desejos, percebendo eles mesmos. Acho que gostei tanto pois era um deles, embora do outro lado da tela do cinema. “Oh Captain, my Captain”. Que emocionante foi ouvir e ver os personagens subindo em suas cadeiras para se despedirem de seu professor. Que bom que puderam expressar seu apreço frente à frente. Às vezes, professores não têm a menor idéia de como podem marcar as vidas de seus pupilos.
Sempre dizia que este filme fazia parte da minha lista TOP TEN. Com o passar dos anos, outros foram tomando seu lugar. UM BEIJO ROUBADO, 21 GRAMAS, O LUTADOR (mais recente), AMOR A FLOR DA PELE, entre outros. Hoje, quando o filme acabou, me peguei com lágrimas nos olhos, emocionado pela história, pela lembrança daquele André de antigamente. Acho que ele voltou para o TOP TEN. Que bom!!!!
Sempre dizia que este filme fazia parte da minha lista TOP TEN. Com o passar dos anos, outros foram tomando seu lugar. UM BEIJO ROUBADO, 21 GRAMAS, O LUTADOR (mais recente), AMOR A FLOR DA PELE, entre outros. Hoje, quando o filme acabou, me peguei com lágrimas nos olhos, emocionado pela história, pela lembrança daquele André de antigamente. Acho que ele voltou para o TOP TEN. Que bom!!!!
18 de mar. de 2009
CLOSER
Não dá para assistir ao filme CLOSER e não se pegar pensando na vida. Primeiro, para quem gosta um pouco de música, pode se deleitar com a canção THE BLOWER´S DAUGHTER do Damien Rice, depois é só de jogar no sofá e se render ao filme. Aliás, esta é aquela canção, aquela mesma que tivemos a infelicidade de ouvir nas versões da Simone e da Ana Carolina e Seu Jorge. Era só ligar o rádio do carro, do banheiro, da sala ou da cozinha para ouvir as “sofridas” versões a tal bela canção.
Quatro personagens que se encontram e se desencontram. Desejo, amor, traição, mentira. Tudo aquilo a que estamos sujeitos, mas não necessariamente desejamos. Desejar é bom, não vou negar. Amar é ótimo, recomendo. Traia e ser traído, acredito que não cabe num relacionamento honesto e lúcido. Mentira, não acho correto.
Dois homens, duas mulheres. Casais trocados. Salivas também. Sexo também. Adultos magoados. Sonhos destruídos. Planos adiados. Uns criam um certo medo. Medo de amar de novo. Acho que depois do término de um relacionamento, o maior medo é o de que ele, e não eu, se apaixone primeiro.
E pra você?
Quatro personagens que se encontram e se desencontram. Desejo, amor, traição, mentira. Tudo aquilo a que estamos sujeitos, mas não necessariamente desejamos. Desejar é bom, não vou negar. Amar é ótimo, recomendo. Traia e ser traído, acredito que não cabe num relacionamento honesto e lúcido. Mentira, não acho correto.
Dois homens, duas mulheres. Casais trocados. Salivas também. Sexo também. Adultos magoados. Sonhos destruídos. Planos adiados. Uns criam um certo medo. Medo de amar de novo. Acho que depois do término de um relacionamento, o maior medo é o de que ele, e não eu, se apaixone primeiro.
E pra você?
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