2 de dez. de 2009

Filosofando

Dezembro chegou, Natal também. Há pouco tempo o horário de verão começou.
Daí eu pergunto: Se o horário de verão serve pra economizar energia, porque as pessoas colocam luzes de Natal em todos os cantos da casa?

13 de out. de 2009

Anticristo

Feriadão em Sampa é sempre assim, cheiro de sala de cinema no ar. Filas não tão longas e aproveitar aquele filme que está prestes a sair de cartaz. Fomos assistir ao último filme de Lars Von Trier, o mesmop de Dogville, Cantando no Escuro, enfim, um dos malucos que um dia fundaram o Dogma 95, se bem me lembro. A cena que abre o filme é impressionante. Dura, lírica, bela e triste. O filme é uma viagem, e tenho que admitir que saí da sala de projeção meio "lost". Mas assistir a primeira cena é um excelente exercício visual e auditivo.

30 de jul. de 2009

Meu Lugar No Céu

Depois de relaxar por outros ares, voltei para Terra Brasilis e assistindo o noticiário sobre Presidente, Senadores, caso Sarney entre outras pataquadas de nosso Brasil, me lembrei deste texto que havia escrito num passado não muito distante.

Anderson era um rapaz simples. Foi criado pela mãe. O pai havia sido assassinado antes de seu nascimento. Mãe e filho eram moradores de uma favela numerosa de São Paulo. Dona Francisca e seu filho passaram por muitas provações ao longo dos anos. O garoto tina gana em estudar, mas a escola mal tinha aulas. Ele queria trabalhar, mas a falta de conhecimento o impedia de conseguir um trabalho digno. Num dia de quase desespero, onde a fome imperava, o frio cortava sua pele, a falta de expectativa batia a sua porta, Anderson estava caminhando pelas ruas de seu bairro quando ouviu uma manifestação que vinha de um galpão. Curioso, esticou o pescoço e olhou para dentro. Uma dezena de rapazes, provavelmente de sua idade, ouviam um senhor que tinha controle sobre as palavras. Alguém de dentro do galpão acenou para que ele entrasse. Anderson nunca foi muito adepto a cultos, mesmo tendo como obrigação acompanhar a mãe semanalmente nos cultos de uma igreja caça níquel, mas um ímpeto o fez entrar. Na verdade, ele acreditava em Deus, e confiava piamente que este último um dia os ajudaria a sair daquela difícil vida.
Hoje, Dona Francisca está ao seu lado, e eles estão elegantemente trajados, na medida do possível. Estão no saguão do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Dona Francisca nunca ouvira falar naquele país em que o filho passaria exatos quatro meses. Afeganistão. Quando a hora do embarque chegou, Anderson emocionado, beijou sua mãe. Mais dois rapazes que ele conhecera no culto eram seus companheiros de viagem.
O tempo até que passou com alguma rapidez. Quatro meses passaram e os rapazes já estavam de volta. Aproximadamente um mês após o retorno, Anderson contou a Dona Francisca que iria para Brasília. O senhor que era hábil com os vocábulos lhe pediu que fizesse um serviço no Distrito Federal. Dona Francisca enfim, respirou aliviada, acreditando que seu filho encontrara rumo na vida.
Surpresos ficaram todos os vizinhos de Anderson quando ligaram seus aparelhos de televisão e viram a cena que estarrecia a nação. O Congresso Nacional destruído, não havia ficado tijolo em pé para se contar a história. O jornal, em edição especial, dizia não oficialmente, que duzentos parlamentares estavam no recinto no momento da explosão. ´Ninguém havia sobrevivido ao ataque. Não se sabia o que havia acontecido. Dois dias após ao ataque, aquele senhor, o sábio com as palavras, era preso no galpão em que Anderson havia entrado seis meses atrás.
Seu Fernando era um empresário aposentado muito descontente com a situação do país. Tivera a idéia de matar os parlamentares, mas não havia encontrado coragem. Daí a idéia de aliciar jovens sem expectativas, sem esperança e manda-luz aos campos de treinamento da Al-Quaeda. A Anderson, seu Fernando havia prometido um lugar no céu. O jovem, ingenuamente, acreditou na oferta e se explodiu no meio do Congresso Nacional.
Hoje, as viúvas de tais distintos parlamentares criaram uma ocupação para que encontrassem forças para continuar a vida sem depender do erário público. Elas próprias trabalham, ilegalmente, em uma rede de prostituição no Distrito Federal que atende os novos deputados, senadores e ministros que serão explodidos por um dos colegas de Anderson.

29 de jun. de 2009

Férias!!!!!!!!

Sei que ultimamente estou bem relapso com este blog, mas estava na correria de preparar minha viagem de férias. Por isso, voltarei a postar novos textos, pensamentos, entre outras coisas a partir de 20 de Julho que é quando volto das minhas merecidas férias.

Beijos, e esperem por mim.
Se Deus Quiser e o avião não cair.

14 de jun. de 2009

Quero

Querer é natural
Querer não precisa ter guia
Querer é mais
Querer é seu
Querer é nosso
Querer é não saber
E saber porque?
Quero porque quero
Quero porque necessito
Quero porque tenho vontade
Vontade de não sei do que
Quero por querer

Cocoon

Era uma típica tarde na cidade de São Paulo. Lá estava eu no meio do congestionamento quando olhei pelo espelho retrovisor e me deparei com a imagem de uma senhorinha de uns oitenta anos que dirigia o carro que vinha atrás de mim. Na hora fiquei surpreso e logo em seguida fiquei pensando se eu um dia também estarei dirigindo pelas ruas de minha cidade. Sempre fel fã do filme Cocoon, onde velhinhos estavam em um hotel, ou casa de repouso, não me lembro bem, e se banhavam nas águas de uma piscina e sem muita explicação ficavam revigorados e a partir daquele momento viviam suas vidas como se tivessem 20 anos. Sempre disse a mim mesmo que quero ser um velhinho Cocoon. Nada de ficar entregue dentro de casa, vendo o tempo passar. Espero que quando estiver velho ainda existam boates onde senhores não mais tão jovens possam mexer seus esqueletos sem muita preocupação. O prazer de dançar por dançar. O prazer de paquerar por paquerar. Se um beijo rolar, por que não? Seremos velhos, mas espero que a velhice não apague da minha memória os prazeres mundanos que tanto gostamos. Quem viver verá, e eu também...

8 de jun. de 2009

Parada Gay

Estamos iniciando a semana da Parada Gay de São Paulo. Mais uma vez, alguns amigos perguntaram se eu estaria na Avenida Paulista no Domingo. E a resposta que dei foi que não. Ainda tenho minhas reservas com a Parada Gay. Não sei se somos retratados com o devido cuidado pela mídia. Sempre que uma Parada acaba, o que vemos nas capas de jornais são fotos de Drag Queens, Travestis e homens de sunga e coturno. Vou ficar de olho este ano para ver se alguma coisa muda neste aspecto. Não que estes últimos não façam parte do cenário Gay, muito pelo contrário. Mas não resumem a todos. Tenho a impressão de que no geral a sociedade não é capaz de diferenciar os vários tipos de homossexuais que existem, e daí acham que todos são iguais aos que estampam as capas de jornais. Quantas vezes fui perguntado se em boates gay os homens ficam se “pegando” como se estivessem fazendo parte de uma grande orgia. Se todo mundo fica com todo mundo? Se a música que toca é YMCA e IT’S RAINING MAN? Tenho sorte de ter amigos e familiares que me acolhem de forma carinhosa e respeitosa. Também tenho certeza de que eles não me confundiriam com pessoas de outras tribos, mas não acho que eles sejam regra. Por essas e mais outras, acho que não vou dar uma passada na Paulista no Domingo.

26 de mai. de 2009

24 Horas

No período de 24 horas recebi duas notícias, opostas por sinal. A mãe de uma amiga havia falecido e uma aluna me comunicou que vai ser mãe. Parei para pensar. Pensar na vida e também na morte. Duas famílias que sentiram emoções opostas. Sorrisos e lágrimas. Lágrimas e dor. Emoção, a mais pura emoção. Será que para que este novo bebê nascer teria que alguém partir? Será que a vida de um depende da morte de um outro? Como se fosse matemática? Mais um, menos um? Só sei que enquanto uns não mais terão a oportunidade de conversar com seu ente amado, não assim com palavras, mas com certeza por meio de suas lembranças e corações, outros estarão ansiosos para ouvir a primeira palavra. Será “papai” ou “mamãe”?
Mas a vida continua, uns com as incertezas e medos próprios aos que geram outra vida, e outros se adaptando e aprendendo a administrar sua própria dor. Nada como um dia após o outro.

22 de mai. de 2009

No Meio da Multidão!!!!

A data ao certo, não sei. Só me lembro de estar no Rio de Janeiro com amigos. Preparávamos para mais uma maratona musical. Horas e mais horas de música, ônibus lotado, muito pó (aquele que sai da terra, para ser bem claro), e umas latas de cerveja. Naquela época, isqueiros eram acesos ao invés dos celulares. Era mais jovem, era mais aventureiro, talvez. Me lembro muito bem do Michael Stipes entrando no palco com um copo de caipirinha na mão e gritou: "Brasil, we've made it". A partir daí, a lembrança de um dos melhores shows de rock que assistí até hoje. Ladies and gentlemen, REM.

20 de mai. de 2009

Leitura!!!!!!

Semana passada, enquanto esperava o início da peça A Alma Imoral no teatro Eva Hertz, que fica dentro da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, me deparei com o livro do psicanalista Jorge Forbes que se chamava "VOCÊ QUER O QUE DESEJA?". Fiquei doido para comprá-lo. Com um exemplar em mãos, exatamente uma semana depois, começarei a devorá-lo. Se vou descobrir se o que eu quero é exatamente o que desejo, não tenho a mínima idéia. Só dá aquele medinho de atrapalhar mais a cabeça e ter que ligar para a minha pscanalista e agendar uma consulta de emergência. Se eu chegar a alguma conclusão, juro que colocarei meus achados aqui para compartilhar com vocês.

É só começar e rezar pra não pirar!!!!!!!!!

17 de mai. de 2009

Macy Gray - I Try

Estava escolhendo um Cd para ouvir no carro e me deparei com o promeiro Cd da cantora Macy Gray. Me lembro de quando fui ao Show com um amigo, ainda era o Free Jazz festival. A maluca deitou no palco e cantou uma música inteira deitada no chão.
A arena estava lotada, a música era muito boa, o público era diferente e estiloso. Como é bom ter a oportunidade de ver ao vivo aqueles que te tocam de alguma forma.

13 de mai. de 2009

O Antiquário

Os carros estavam literalmente parados por toda extensão da Avenida Paulista. Era um dia de verão tão quente que pedaços de corpos eram mostrados sem o menor pudor. Garotas de blusas de alcinha e mini saias que mais pareciam com uniforme escolar.
Camila era mais uma vestida assim. Mulher bem formada, como diriam os pedreiros de um empreiteira que construíam um novo edifício no coração financeiro de São Paulo, andava faceira por suas calçadas. A saia era curta, muito curta para o olhar repreensor de seu Jairo, pai de Camila. A blusa bem colada ao corpo, delineava belas curvas para uma mulher que passava dos trinta anos.
Camila sabia que os homens lhe falariam algumas obscenidades, mas ela fingia-se de surda. Quando os galanteios, que por muitas vezes eram puras frases grosseiras, eram proferidos, Camila fazia cara feia e continuava a andar, não dando atenção, mas lá, bem lá no fundinho de seu ser, quanto mais rude a cantada, mais ela gostava.
Na direção contrária, Camila viu um rapaz mais jovem que vestia bermudas camufladas e camiseta regata. Seu corpo musculoso chamou sua atenção. Quando os dois se cruzaram, Camila percebeu que o rapaz havia se virado para olhá-la. Ela sabia do que sua bunda era capaz. Fazendo cara de ingênua, ela olhou para trás e viu Junior olhando em sua direção. Acalmou o passo e seguiu em frente.
Segundos após, sentiu que alguém andava ao seu lado, seguindo seu ritmo. Era ele. Junior havia dado meia volta e a perseguia no meio de tantas pessoas. Ele a abordou e perguntou para onde ela estava indo. Ela lhe disse que iria encontrar uma amiga para almoçar. Ele a convidou para tomar um suco, que seria coisa rápida, que não queria atrapalhá-la. Camila aceitou na hora.
A lanchonete onde pararam não era das mais limpas, mas em companhia de um corpo daqueles, Camila nem percebeu a higiene do estabelecimento. Foi que em minutos Camila ficou sabendo que Junior trabalhava num antiquário na Avenida Europa, era estudante de arquitetura e morava perto do metro Vila Mariana em um apartamento que dividia com um amigo. Ele a convidou para conhecer o antiquário e lhe deu seu telefone.
Depois de sair do banho, Camila sentou-se nua em sua cama, pegou o telefone e ligou para Junior. Combinaram de se encontrar em frente ao antiquário na manhã seguinte, pois o chefe dele não estaria no trabalho pela manhã. Ele disse à Camila que o chefe era um gay chato, que implicava com tudo e com todos, e por isso achava melhor que ela o visitasse quando ele não estivesse por lá.
Mal Camila tocou a campainha do belo sobrado, a porte se abriu. Junior a puxou para dentro e fechou a porta rapidamente. Quando percebeu, Camila já era beijada calorosamente por Junior. Logo após a ardente troca de saliva, Junior disse que não havia dormido a noite inteira, pensando em seu corpo. A deitou em um divã, que diziam ter pertencido ao famoso psicanalista Sigmund Freud, e puxou suas calcinhas. Em frações de segundo estavam nus, corpos se entrelaçando, num exercício matinal pra lá de saudável.
Do divã para a escrivaninha francesa datada da corte de um Luis qualquer. Foi debruçada aquele móvel de madeira que Camila sentiu o grosso falo de Junior penetrar em seu ânus. Em frente a um belíssimo espelho veneziano, Junior se deleitava ao sentir, e ao olhar, os carnudos lábios de Camila engolirem seu pênis. Junior não negava a raça masculina. Sexo bom para qualquer homem havia de ter um espelho por perto. O sexo masculino era, é e sempre será muito visual, e que as mulheres entendam isso.
Depois de meia hora de troca de fluidos, Camila se encostou em um sofá, completamente exausta. Se recompôs e foi embora. O chefe estava para chegar. Foram vários outros encontros na loja. A cada dia testavam novas posições em novos pedaços de mobília. Quase que todos os móveis foram palco para aqueles belos exercícios sexuais.
Um amigo de Camila a havia convidado para seu aniversário.Gay assumido, João se encontraria com amigos numa boate GLS e Camila iria com eles. Ao entrar na boate, Camila se deparou com um homem que estava de costas para ela, que se parecia em muito com Junior. Para sua surpresa, não é que era ele mesmo.
Junior estava abraçado com um homem baixo, meio gordinho, e este lhe acariciava suas costas. Camila discretamente perguntou ao amigo se ele já havia visto aquele rapaz em algum lugar. Ela quase desmaiou ao saber que Junior era um garoto de programa que já havia saído com boa parte de seus amigos.
Nem é necessário dizer que Camila nunca mais ligou para Junior, e consequentemente perdeu as esperanças nos homens.

10 de mai. de 2009

Millôr Sempre Millôr

GENÉTICA - a genética geralmente impede que o filho do rico seja pobre.

GÊNIO - escritor, para ser genial, não precisa ter muitas idéias: basta que sejam incompreensíveis.

BONDADE - Pode ser engano, mas, pela situação do mundo, parece que o leite da bondade humana azedou de vez.

IDÉIA - a nobreza de uma idéia não tem nada a ver com o canalha que a exprime.

MERCHANDISING - Cristo voltou. Só não ficou porque não encontrou patrocinador.

PINTURA - a pintura abstrata é uma coisa sem pé nem cabeça.

VERDADE - a verdade é aquilo que sobra depois que você esgotou as mentiras.

3 de mai. de 2009

My Immortal

O Rogério gravou um Cd para ouvirmos na chácara. Entre tantas músicas, estava esta. Evanescence - My Immortal. O clipe é demais, preto e branco, a voz é muito boa e um dos versos que mais gosto. "There's just too much that time can not erase". Pode até ser piegas, mas é o que acho. Vai fazer o que?





I'm so tired of being here, suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
Your presence still lingers here and it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal, this pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

You used to captivate me by your resonating light
Now, I'm bound by the life you left behind
Your face it haunts my once pleasant dreams
Your voice it chased away all the sanity in me

These wounds won't seem to heal, this pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me

I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me, I've been alone all along

When you cried, I'd wipe away all of your tears
When you'd scream, I'd fight away all of your fears
And I held your hand through all of these years
But you still have all of me, me, me

De Mãos Dadas

Outro dia estava conversando com uma amiga quando um casal de velhinhos passou em nossa frente e estavam de mãos dadas. “Olha que bonitinho” - foi o que minha amiga disse no exato momento que viu a cena.
Para mim aquela cena era normal. Fiquei pensando no porque. Quarenta e sete anos se passaram desde aquele encontro. Ele estava trajando terno e ela um vestido branco. Disseram SIM em frente aos amigos e parentes. Começaram uma vida a dois. Passaram por várias dificuldades, financeiras e emocionais. Sempre um ao lado do outro. Construíram uma história, educaram filhos, riram juntos, discutiram outras vezes. Quiseram acertar. Provavelmente erraram algumas. Tiveram vontade de trancar a porta para nunca mais voltar. Tiveram a felicidade de saber que um esperava pelo outro no final de mais um dia normal.
Quarenta e sete anos. Ainda hoje andam de mãos dadas. Celebração ao amor. Celebração à vida. Parabéns ao meu pai e minha mãe.

24 de abr. de 2009

Citação 07

"Um marido surdo e uma mulher cega são sempre um casal feliz"

Harold Thompson

Esta frase de Harold Thompson é de 1939. Será que depois de 70 anos alguma coisa mudou?

Hedonismo

No Aurélio: Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida.
Então, se é isto que hedonismo significa:
Quero tomar um banho de cores. Quero ficar estático em frente a telas cobertas de tinta. Tantas cores que me cansam de contá-las.
Quero ficar fatigado de dós, mis e sis. O simples fato de ficar imerso em sons. Uma voz, um rádio, uma melodia. Philip Glass, Macy Gray, ou talvez a voz da vez.
Quero recostar na cama e sentir entre meus dedos o peso de um livro. Letras e mais letras. Letras finitas que contam histórias infinitas.
Quero entrar na sala escura e esperar para ver os movimentos na tela. Filmes, atores e atrizes, outros mundos, mundos risíveis ou atrozes. Mundos reais ou utópicos.
Quero poder parar. Parar para olhar. Parar para ver. Parar para ouvir. Parar até o momento que eu consiga parar de pensar.


texto - André Ranzatti

21 de abr. de 2009

Fragmentos

Inicio hoje a "postar" textos ou fragmentos de textos que de alguma maneira me dizem algo a mais. Pode ser a simplicidade, pode ser a métrica, ou algo que não saberia explicar. decidi começar com um trecho do meu livro AMORES NO MASCULINO onde tentei falar sobre o cenário gay. Me lembro bem quando parei para reler o que havia escrito e tive uma boa sensação. Pela primeira vez senti que tinha realmente gostado daquilo que uma velha caneta tinha deixado marcado em linhas brancas de um caderno qualquer.


" Chegamos ao lugar, que parecia estar vazio. Achamos que era por causa da hora. Só uma da manhã. As baladas começam a encher depois das duas horas. Para mim, um pouco cansativo. Tudo muito tarde. Sessão vampiro. Parece que temos que nos esconder da sociedade para sermos realmente quem somos. Quanto mais tarde melhor, pois os olhos puritanos e cristãos se encontram fechados, e não são capazes de jogar seu repúdio sobre nós, conhecidos, superficialmente por muitos, como pecadores e pervertidos."

14 de abr. de 2009

Noite

Estão todos por aí. Os bares cheios, as boates com filas nas portas. A noite está só começando e todos preparados para “se dar bem”. Queremos um encontro pelo menos. Queremos outros lábios, outra saliva. Estamos cansados da nossa. Elas passam as mãos nos cabelos enquanto eles estufam os peitos quando pisam em qualquer recinto. Elas pedem uma caipirinha de vodca com adoçante e tomam com canudinho. Eles pedem uma cerveja e ficam encostados nas paredes analisando uma por uma. Registram todas, fazem uma seleção prévia e saem para o ataque. Elas ficam “na delas”. Esperam ser abordadas. As que os abordam os assustam. “Elas estão roubando nosso papel”, diria um menos favorecido de raciocínio. Uma cantada super original é esperada. Se for uma muito cafona, ela diz o famoso “mas”. “A cantada foi cafona, admito, mas ele é tão charmoso”. O papo rola. Uma outra caipirinha e outra cerveja são pedidas. Se ele for ao bar e voltar com a bebida dela na mão, ela acha ele gentil. Acorda garota, ele faz isso pra facilitar seu único e legítimo interesse: te pegar. Ele sabe que você vai pensar que ele é uma graça. Eles já desenvolveram suas técnicas. Vai fazer o inverso pra ver se ele gosta. No fundo, no fundo, as mulheres querem que eles paguem pelos seus porres. Estou errado? Beijos, beijos e risadas. A noite vai acabando, os corpos cansados vão pedindo por descanso. Os que ainda têm forças, trepam. Outros trocam telefones. Amanhã é um novo dia. Tudo começa de novo. A garota de ontem e o rapaz de ontem ficaram no passado.

A noite é sempre noite para héteros, gays, bissexuais. É quase sempre tudo muito igual.

12 de abr. de 2009

O Melhor

O que é melhor: saber que tenho alguém para ouvir meus demônios, ou meus gemidos?
O que é melhor: saborear o abraço de um amigo antigo ou a pele de um desconhecido?
O que é melhor: levar um beijo antes de dormir ou trocar fluídos com alguém que nem vou saber o nome?
O que é melhor: dividir um cálice com quem se ama ou um cálice com um estranho?
O que é melhor: lembrar de um amor verdadeiro ou não ter amor para lembrar?
O que é melhor: assistir um filme de mãos dadas ou com a mão cheia de pipocas?
O que é melhor: saber que alguém te ama ou ficar na fissura de amar alguém?
O que é melhor? O melhor cabe a nós mesmos.


texto - André Ranzatti

8 de abr. de 2009

Desejos

Ah, como eu gostaria de poder pintar como os Impressionistas. Deixar marcado em telas que foram brancas, a doçura, suavidade e sensibilidade de suas sutis pinceladas.
Ah, como eu gostaria de poder cantar como os pássaros. Alegrar o dia, misturar ao som das metrópoles o doce som da natureza, da pureza.
Ah, como eu gostaria de atuar como os grandes atores. Experimentar novas vidas, novas realidades e tentar passar emoção e tocar corações de vários desconhecidos que iriam se lembrar daquela performance.
Ah, como eu gostaria de ter o dom dos grandes escritores. Levar as pessoas ao desconhecido, às loucuras de uma mente que trabalha no abstrato, que cria mundos mágicos, mundos reais e também mundos utópicos.
Ah, como eu gosto de sentir intensamente aquilo que a vida me apresenta. Sofrer e sorrir, chorar e rir, sentir e sumir, amar, beijar.
Ah, como eu gostaria... Ah, como eu gostaria...
Ah, como eu...
Ah, com...
Ah,...


Texto - André Ranzatti

6 de abr. de 2009

Outras do Millôr

AUTOCRÍTICA - Toda vez que, na intimidade do banheiro, ficava nua, ela morria de rir de seus admiradores.

CRISTIANISMO - Quem dá aos pobres é uma raridade.

DESISTÊNCIA - Se eu fosse o papa vendia tudo e ia embora.

FEMINISMO - As mulheres, afinal, já estão com tudo. Isto é - só falta um pedacinho.

FIDELIDADE - Chama-se de fidelidade esse esforço desvairado que o homem faz para se contentar com uma mulher só. (A frase vale também para a mulher.)

HOMOSSEXUALISMO - Urgências filolibídicas orientadas para canais fisiológicos sem função progenitiva.

RACISTA - Racista é o cara que jamais mandou examinar sua árvore genealógica.

RICOS E POBRES - Pensando nisso, por que pobre não faz voto de riqueza?


Boa semana!!!!!!

2 de abr. de 2009

O Instinto Masculino

Minha bisavó dizia: “Homem é mesmo assim”. Minha avó dizia: “Ele é homem, não é como as mulheres”. Minha mâe dizia: “Homem sempre foi e sempre será assim”. Se fizermos uma conta, podemos afirmar que há bons anos ouvimos estes mesmos discursos, todos dando liberdade aos homens de se comportarem de acordo com o “instinto masculino”. Este “instinto” é aquele instinto animal de que todos falam. Sempre achei um pouco perigoso pensar que temos o “instinto animal”. Não gosto deste “animal”. será que realmente somos como nossos cachorrinhos?
Daí eu te pergunto: quando aquela gostosa do bairro passar por você num dia ensolarado, vestindo uma mini saia e blusinha que salienta fartos seios, o que você faz? E se ela passar por você e lhe der uma piscadinha? Sairia você atrás dela, correndo com saliva na boca e falo na mão e a possuiria no meio de uma rua movimentada?
Se uma cadela no cio passasse em frente de um cachorro qualquer e deixasse que ele a cheirasse, aposto que o cachorro a possuiria no mesmo momento. É seu instinto animal, não?
Tanta volta para falar como a sociedade trata o tema do “instinto masculino”. Acho que homens são diferentes dos animais. Diferentemente, homens têm controle sobre seus atos. Homens não são seres salivantes que ficam eretos assim, de repente. A não ser quando acordam pela manhã e se deparam com tal situação.
Quando a sociedade diz “homem é assim mesmo”, acredito que damos a eles a possibilidade de não respeitar seus pares. É bem cômodo apelar para o “instinto masculino” para justificar puladas de cerca. Sendo assim, o tempo passa, os homens arrumam desculpas para sua própria desonestidade. Pessoas são magoadas.
Provavelmente não estarei vivo para ouvir homens comentando uns com os outros sobre o “instinto feminino”.

31 de mar. de 2009

Minha Vida de Stripper

Não se assustem. Não virei stripper. Meu corpo não seria capaz de atrair nenhum centavo. Estou falando sobre um livro com este título. MINHA VIDA DE STRIPPER. Tinha visto uma matéria sobre este livro que foi escrito pela roterista Diablo Cody na revista Piauí. Diablo é a premiada roteirista do filme Juno, e em 2005 havia publicado este livro falando sobre uma fase de sua vida quando trabalhou como Stripper nos EUA. Depois de muita procura consegui comprar um exemplar do livro e foi só começar para eu não conseguir parar. Umas 200 páginas devoradas como se fosse um canibal curioso pela vida dos outros. Não me chamem de fofoqueiro, ok!!!! Risos. O que mais gostei ao ler o livro foi perceber que aqueles que trabalham na indústria do sexo, e são chamados de amorais, pervertidos, entre outras coisas, são os mais lúcidos. Se minha avó fosse viva, diria que as histórias ali relatadas seriam CABELUDAS. Distintos trabalhadores, cobertos por tecidos nobres, são coadjuvantes de histórias tão absurdas e bizarras que minha maluca imaginação não poderia criar. a moça que tira sua roupa em troca de uns dólares é no fundo a mais "normal", a mais sã de todos. Mas pelo simples fato de ela tirar a poupa para ganhar sua graninha, é taxada com os piores adjetivos. Para quem gosta de um narrativa ágil, cheia de surpresas e bem divertida, recomendo a sua leitura. Não pense que vai ler algo tão bem escrito como os livros do Mario Vargas Lhosa. Mas com certeza, vai ler algo muito revelador sobre a condição humana.

Ah, esta é Diablo Cody recebendo o Oscar pelo filme Juno.

24 de mar. de 2009

Citação 06

" A ignorância produz atrevimento; a reflexão, vagar "

Péricles

Se você já passou dos trinta, concorda ou não com esta afirmação? Para ser sincero, prefiro muito mais minha vida aos 30 do que aos 20. As coisas parecem ser mais serenas, apesar do confuso mundo em que vivemos. Menos medos, menos incertezas, um pouco mais de prudência, que admito deixá-la de lado algumas vezes. A única coisa que realmente ainda tento domar é minha língua. São tantos comentários, mas tantos. Muitos não passam de tolices.Outros até parecem ajuizados. quem me conhece sabe que no fundo gosto mesmo de dizer um monte de bobeiras. Que seja sempre assim.

21 de mar. de 2009

Memórias

Foi numa passada na Livraria Cultura que comprei para rever o filme SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. Voltei no tempo quase que uns vinte anos. O cabelo nem dava sinal de uma futura escassez, algumas espinhas, que deixariam marcas, cobriam o rosto. Um garoto franzino, que vivia num mundo seu. Sonhador com o futuro, apesar de não tem a mínima noção de como sua vida viria a ser. Me lembro bem, como emocionado fiquei ao assistí-lo. Aqueles garotos descobrindo a vida, seus desejos, percebendo eles mesmos. Acho que gostei tanto pois era um deles, embora do outro lado da tela do cinema. “Oh Captain, my Captain”. Que emocionante foi ouvir e ver os personagens subindo em suas cadeiras para se despedirem de seu professor. Que bom que puderam expressar seu apreço frente à frente. Às vezes, professores não têm a menor idéia de como podem marcar as vidas de seus pupilos.
Sempre dizia que este filme fazia parte da minha lista TOP TEN. Com o passar dos anos, outros foram tomando seu lugar. UM BEIJO ROUBADO, 21 GRAMAS, O LUTADOR (mais recente), AMOR A FLOR DA PELE, entre outros. Hoje, quando o filme acabou, me peguei com lágrimas nos olhos, emocionado pela história, pela lembrança daquele André de antigamente. Acho que ele voltou para o TOP TEN. Que bom!!!!

18 de mar. de 2009

CLOSER

Não dá para assistir ao filme CLOSER e não se pegar pensando na vida. Primeiro, para quem gosta um pouco de música, pode se deleitar com a canção THE BLOWER´S DAUGHTER do Damien Rice, depois é só de jogar no sofá e se render ao filme. Aliás, esta é aquela canção, aquela mesma que tivemos a infelicidade de ouvir nas versões da Simone e da Ana Carolina e Seu Jorge. Era só ligar o rádio do carro, do banheiro, da sala ou da cozinha para ouvir as “sofridas” versões a tal bela canção.
Quatro personagens que se encontram e se desencontram. Desejo, amor, traição, mentira. Tudo aquilo a que estamos sujeitos, mas não necessariamente desejamos. Desejar é bom, não vou negar. Amar é ótimo, recomendo. Traia e ser traído, acredito que não cabe num relacionamento honesto e lúcido. Mentira, não acho correto.
Dois homens, duas mulheres. Casais trocados. Salivas também. Sexo também. Adultos magoados. Sonhos destruídos. Planos adiados. Uns criam um certo medo. Medo de amar de novo. Acho que depois do término de um relacionamento, o maior medo é o de que ele, e não eu, se apaixone primeiro.
E pra você?


16 de mar. de 2009

Uma Passada na Livraria

Um dos meus passatempos preferidos é dar uma passada em uma livraria. Ficar olhando, folheando livros e mais livros. Resistir a tentação de comprá-los, assunto pra terapia. Já tinha visto o livro A BÍBLIA DO CAOS do Millôr Fernandes, mas ontem é que não resistí a tentação. Então, de agora em diante, vou dividir alguns de seus pensamentos para depois discutirmos se ele é mesmo gênio, ou de onde ele veio.

SEXO

1 - Sexo é a única atividade que pode dar enorme prazer a duas pessoas que se detestam.
2 - Bons tempos aqueles em que havia apenas três sexos.
3 - Intelectual pensa que sexo oral é ir para a cama com uma mulher e ficar a noite inteira falando sobre sexo.
4 - Se a cama falasse diria " Pô, como esse pessoal conta vantagem!"
5 - Na hora de transar fecha a janela. O amor é cego, mas os vizinhos estão todos de binóculos.

Estas são algumas das inúmeras definições que aos poucos vou compartilhar com vocês.

Boa Semana!!!!!!

10 de mar. de 2009

Desculpinhas!!!

"Ele come mocotó", "Ela não sabe quem é o Lars Von Trier", "Ele tem micose", "Ele entrou no carro com um danoninho na mão", "Ela nunca visitou um país estramngeiro", "Ele fala POBREMA", "Ele mora mal", "ela faz chapinha", "Ele não tem dinheiro", "Ela namorou um jogador de futebol", "Ela é prima daquela piranha que trabalha na TV", "Ele vai no centro espírita", "Ele usa terno bege", "Ele tem espinha", "Ela tem chule", "Ele solta pum e arrota", "Ela não lê", "Ele ronca", "Ela só ouve Ivete Sangalo", "Ele só ouve Black Sabbath" .....

Verdadeiras ou não, estas desculpinhas nos afastam, repelem possíveis amores. É melhor dizer não gostei. Não vamos diminuir os outros para justificar que não tivemos interesse. Mas também temos que ficar atentos e não entrar naquelas que "sou tão bacana que parece que não existe ninguém para mim". Você pode acabar sozinho. Basta saber que não dá para amar aquele ou aquela MOVIE STAR que achamos ser perfeito ou perfeita para nossas vidas. Sabe porque? Eles peidam também.

9 de mar. de 2009

Até Quando

É só mexer nos documentos empilhados no fundo de um armário qualquer, que podemos encontrar coisas, coisas que estavam num passado e porque não podem até hoje fazer algum sentido. Foi assim que encontrei uma página de caderno meio amarelada, no meio de pastas antigas, cheias de documentos antigos. Este texto foi escrito em Janeiro de 1996. As circunstâncias que me fizeram escrevê-lo foram perdidas por minha mente, mas deve ter sido difícil de enfrentar.

Até Quando

Até quando terei que lutar
Lutar para esquecer
Até quando terei que sofrer
Sofrer por um amor não correspondido
Até quando tentarei procurar respostas
Respostas às minhas descabidas perguntas
Até quando tentarei mascarar as coisas
Coisas que me sufocam
Até quando serei um tolo
Tolo em acreditar nas pessoas
Até quando suportarei a dor
Dor que me faz sangrar
Sangrar por não saber
Não saber onde errei
Se errei

texto - André Ranzatti

8 de mar. de 2009

Citação 05

Se pararmos para pensar nos anos que ainda estão planejados para nós, paremos e pensemos:

" A velhice é uma tirana que proíbe todos os prazeres da juventude sob pena de morte"

La Rochefoucauld

Por isso que ainda continuo com a idéia de envelhescer como aqueles velhinhos do filme COCOON.

6 de mar. de 2009

Depois de alguns Drinks!!!!

Sabe como é: abre-se uma garrafa de vinho, outra, toma-se umas latas de cervela, e então, só Deus sabe.

"O cd começou a tocar. Era ela. O suave tom de sua voz fazia daquela noite algo diferente. Ele estava ao meu lado. Já não tão sóbrio, deixava sair de seus lábios palavras e mais palavras, sem controle, sem freios. Mais uma pausa para mais um gole. Palavras que alegravam minha alma. Palavras que alimentavam meus sonhos. O timbre de sua voz cantarolando junto a ela, casamento de som e vozes? Melhor parar? vou deixar de ter razão pelo menos por alguns momentos. Quero ficar congelado de olhos abertos e fixos. Tudo que mais quero é ficar de olho nele. Olhar seus movimentos, seus passos pela sala. Quero ver seu gingado, sua surpresa, suas reações. Agora é uma outra que canta para nós. Quem sabe amanhã conseguirei lembrar o resto da noite, para então, poder contar o que aconteceu depois."

Texto - André Ranzatti

3 de mar. de 2009

Choro da Alma

Quando saí da cama, logo senti que algo não estava bem. Um desconforto, uma sensação estranha, nenhuma sensação física, apesar do frio matinal.
Encurralado pelo meu próprio corpo, me arrastei com passos bem curtos até o banheiro. Sensação nova, virgem, creio que poderia nomeá-la assim.
Ao olhar no espelho, vi meu próprio reflexo. Era o mesmo de qualquer outra manhã, manhã que poderia ser feliz, triste, fria, quente, esperançosa ou depressiva. Mas algo mesmo assim me incomodava.
Começo a tatear o corpo a procura de alguma dor. Dor física que é despertada por um cérebro ativo, por uma mente viva. Nada, meros toques. Toques comuns, toques.
Angústia, desespero, insatisfação, decepção, o que era aquilo que sentia? Porque as lágrimas não chegavam aos meus olhos? Porque não conseguia chorar? Porque dei ouvidos à sociedade e acreditei que homens não choram?
Agora não consigo quebrar estas barreiras, as lágrimas definitivamente não irão molhar minha face, não escorregarão pelas maçãs do meu rosto e nem serão acolhidas pelo tecido da minha blusa. Só pode ser minha alma chorando, dentro de mim, triste, calada e dilacerada.

Texto - André Ranzatti

2 de mar. de 2009

Fim de Semana No Cinema

Como não tinha tido tempo para assistir alguns dos filmes que concorriam ao Oscar, apesar do calor que fez na cidade, me joguei com o Rogério nas salas de cinema da cidade. Na sexta, assistímos O LUTADOR. O galã dos anos 80, Mickey Rourke, numa atuação muito boa, apesar de parecer fazer o papel dele mesmo, fez com que eu parasse para pensar na vida daqueles que têm vidas tão distantes das nossas. Carreiras decadentes, relações afetivas inexistentes, esperança nenhuma. Marisa Tomey no papel de uma garota de programa simplesmente arrasou. Despudorada, nua, sem barreiras, talvez uma das poucas que encarariam o papel. No sábado assistímos MILK. Como disse um grande amigo: " O Sean Penn abusou do direito de interpretar bem." nem vou comentar. No domingo DÚVIDA. Aquela safada da Meryl Streep fazendo uma freira amarga é de doer. Vai ser boa assim no inferno. A cena que ela contracena com a atriz Viola Davis é de tirar o folego. Esta última aparece somente nesta cena e isto foi suficiente para ela concorrer ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Filmes, filmes e mais filmes. A lista dos que quero ver ainda não acabou. Acho que não vou conseguir sair das salas de projeção por um bom tempo.

Boa Semana para todos!!!!!

26 de fev. de 2009

Citação 04

Sábio Giberto Freire, que disse:

" Branca para casar, mulata para foder, negra para trabalhar "

Será que algo mudou ou tudo continua a mesma coisa?????
Quem viver verá.

25 de fev. de 2009

MILK

Por ter viajado no feriado de carnaval, não consegui ver a apresentação dos prêmios Oscar. Só havia conhecido alguns nomes dos felizardos vencedores nos telejornais que passaram alguns segundos dos discursos de agradecimento. Com o advento da internet, logo que cheguei em casa fui procurar alguma coisa sobre a premiação. Fiquei emocionado com os discursos de Sean Penn e Lance Black, respectivamente, premiados por melhor ator e melhor roteiro original. Quando falaram sobre o casamento gay e ter a liberdade de viver uma vida abertamente, se dando o direito de se apaixonar e casar, me deixaram arrepiado.



17 de fev. de 2009

Do Fundo do Baú

Estava dando uma olhada nos textos que tenho arquivado no computador e me deparei com um escrito para a minha terapeuta. Lembrei de imediato o quanto estar sentado naquela poltrona foi importante para mim.


Conhecer a si mesmo. Conhecer suas próprias entranhas. Conhecer seus monstros, mesmo ao olhar no espelho. Diagnosticar desejos, raivas, virtudes e defeitos. Ter o entendimento do profundo, do raso, do belo e também do horroroso que habita em nós. Deixar a música te tocar, as imagens devorarem sua retina, os odores entrarem sem pedir licença. Permitir o choro, o desespero, a alegria, a felicidade, por mais efêmera a vida. Orgulhar-se daquilo que é puro, e não ter vergonha de ser você mesmo. Não acreditar na plenitude, não almejar a perfeição. Acreditar naquilo que é, e pronto. Negar as convenções, sorver os pequenos momentos de êxtase. Não achar que a vida é algo difícil, aprender a rir de si mesmo, do mundo, não se levar tanto a sério. Cuidar de quem está perto, dar-lhe colo. Puxar orelhas. Chorar, chorar, chorar. Entender a dor e não esquecer que ela pode ser, inconscientemente, uma de suas melhores amigas. Amar, amar, amar. Amar com a mais pura alma. Amar com todos os sentidos. Deixar a paixão chegar e não afastá-la. Estas são muitas das coisas que você me ensinou. Obrigado por acreditar em mim. Obrigado.

Conto 01

Este é o primeiro conto que coloco de uma série que escreví. Sempre com os ouvidos bem atentos a todos os tipos de histórias e comentários dos amigos. Espero que gostem.

LINGERIE

Ivete era como qualquer outra dona de casa. Casada há quarenta anos com Lindomar, gerenciava a vida do casal e dos filhos com maestria. Roberto e Gabriela já estavam adultos, mas mesmo assim Ivete não deixava de dar palpites e mais palpites que eram sempre em prol do melhor dos filhos. Ivete ficava em casa sozinha a maior parte do dia. Os programas vespertinos da televisão preenchiam boa parte do seu tempo. Lindomar ficava na fábrica de fivelas para cintos herdada de seu pai. Roberto era recém formado no curso de advocacia e trabalhava em um escritório no centro da cidade. Gabriela estava para finalizar os estudos de arquitetura e enganava a mãe dizendo que estava na casa dos colegas ocupada com projetos e mais projetos, mas na verdade, passava as tardes fumando maconha com a turma de classe.
Logo após ao programa de uma apresentadora quase que insuportável, a rotina de Ivete era ir à cozinha e preparar o jantar. Naquela casa a família inteira jantava junto, sempre que possível. Esta mesma apresentadora, numa tarde de frio intenso, entrevistava uma terapeuta sexual e debatiam o por que das relações esfriarem. O que os amantes, maridos e mulheres, namorados e namoradas deixavam de fazer para a boa saúde sexual do casal. Aquela conversa começou a intrigar Ivete. Não conseguiria ela lembrar-se de quando ela e Lindomar tiveram sua última relação. As crianças já estavam crescidas, isto não era uma boa desculpa. Sexo após os sessenta anos não era possível? Também não servia como desculpa. Ivete ficou pensando no que ela podia fazer para reverter a situação. Não era uma frígida, como diziam os homens. Será que Lindomar não tem ninguém na rua? Pensou ela sentindo calafrios.
No final de semana os filhos não estariam em casa. Havia chegado a hora certa para agir. Logo no meio da semana Ivete ligou para uma amiga para pegar o telefone do salão de beleza onde Julia cortava os cabelos. Marcelo era um mago das tesouras. Transformava brucutus em sereias como poucos. O preço era um pouco salgado, como Ivete mesmo disse à amiga, mas valia o investimento. Nem é necessário dizer que naquela noite, nem Lindomar nem Roberto notaram a transformação que aquele corte fez em Ivete e sua alto estima. Mas Gabriela viu sua nova mãe no momento que pisou na cozinha. O primeiro passo estava dado. A mesma Julia foi que indicou uma loja de lingerie que ficava em uma discreta casa de vila na zona sul de São Paulo.
Julia se ofereceu para ir junto e Ivete no mesmo momento agradeceu e aceitou a ajuda da amiga. Escolheram um conjunto de calcinha e sutiã preto, e uma camisola transparente de seda preta que ficaria por cima. Ivete, um pouco envergonhada com sua própria imagem no espelho, se sentiu sexy. Agora era aguardar o início do final de semana e colocar seu plano em prática. Lindomar se surpreenderia com aquela nova Ivete, e quem sabe a palavra sexo não voltaria a figurar em seus vocabulários novamente.
Como de praxe, Lindomar saiu no sábado a tarde para encontrar os amigos para a famosa cerveja. Voltaria no início da noite e assistiriam a novela sentados no sofá esperando o sono chegar e irem para a cama dormir. O início da noite se apresentava como o de costume, a não ser quando Lindomar notou que Ivete estava particularmente perfumada naquela noite. Foi o próprio Lindomar que desligou a televisão. Virou-se para Ivete e disse:
- Não vai vir para a cama, mulher?
- Daqui a pouco eu vou.
Já no quarto Lindomar tirou a roupa e se deitou vestindo suas cuecas, que estavam um pouco puídas, e uma camiseta para cobrir o peito para não se resfriar. Depois de alguns minutos, ouviu que Ivete entrara no quarto e que estava no banheiro. Algo estava estranho, Ivete não era de demorar muito para se deitar. Quando a porta do banheiro abriu, Ivete ficou de frente à porta, fez uma posição sexy e esperou que Lindomar notasse sua presença.
Lindomar, já um pouco adormecido, viu a silhueta de sua esposa e se sentou na cama para ver melhor. Esfregou os olhos e disse:
- Meu bem, o que você está fazendo aí vestida de morcego?
Ivete, completamente sem graça, pegou suas coisas e foi dormir e chorar no quarto da filha que se encontrava vazio.

15 de fev. de 2009

Hoje

Hoje resolvi dormir. Não vou mais permitir os pensamentos. Vou afastá-los, vou extirpá-los. Só pode ser o demônio rondando meus lençóis.
Hoje resolvi dormir. Vou tentar não pensar onde você possa estar. Que lábios possam estar encostados aos seus. Que pele encostada a sua.
Hoje resolvi dormir. Tentarei apagar memórias doces, memórias de um doce amor.
Só hoje não vou mais perturbar minha mente, imaginando o porque de você ter me deixado. Quero meu sossego, minha paz, minha dor, meu desencanto, meu breu.
Hoje vou ficar aqui. Quieto, triste, pensativo, desiludido. Só hoje não vou mais acreditar no amor.
Hoje resolvi viver. Hoje resolvi viver, mesmo que tenha que esquecer você.

Texto - André Ranzatti

12 de fev. de 2009

Patrocínio

Saiu no Mix Brasil

Empresa de telefonia oferece patrocínio para Matthew Mitcham, mergulhador gay australiano

“ Matthew Mitcham, o jovem mergulhador australiano que saiu do armário dias antes de conquistar uma medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim, foi procurado pela Telstra, empresa de telefonia da Austrália, interessada em associar sua marca à imagem do jogador. Para a companhia, Mitcham representa um modelo positivo a ser seguido por todos seus conterrâneos.

O mergulhador não recebeu convites de empresas interessadas em patrociná-lo quando ele voltou da China. Apenas a Aussiebum, fabricante de cuecas adorada pelos gays, quis o atleta como seu garoto-propaganda.

Ele culpa a crise econômica mundial pela falta de interesse das empresas australianas em tê-lo como patrocinado. "Não acredito que tenha a ver com minha sexualidade", diz.

De agora em diante, Matthew representará a empresa em eventos e lançamentos de produtos.”

Uma notícia como esta não é divulgada com freqüência. Uma grande empresa procura um atleta homossexual assumido e lhe oferece patrocínio. Sinal dos tempos? Quantas empresas hoje em dia estariam dispostas a vincular sua marca com a imagem de um homossexual? Será que os australianos estão à frente de todos nós? Fico contente ao ler a notícia e me pego pensando: Talvez nunca verei isto acontecer em nosso país. Anos atrás, um promissor jogador de vôlei, cotado para entrar para a seleção brasileira, pois tinha sido o melhor jogador do campeonato brasileiro, nem chegou a ser convocado pelo técnico da seleção. A discriminação foi gritante e acabou com o sonho de alguém que só queria ter tido a honra de defender as cores do seu próprio país. O meio futebolístico encobre o assunto, perpetuando-o como mais um tabu. Quando um ator que dava MUITA pinta divulgou que lançaria uma autobiografia contando com quem teria ido para a cama, dizem as más línguas, que muita gente ( jogadores de futebol, inclusive ) ficou com o c* na mão. O meio esportivo ainda é muito preconceituoso. Dependendo do esporte, nem se cogita a possibilidade da existência de atletas homossexuais. Mas aos poucos o mundo vai relaxando, quem sabe evoluindo e fazendo desta terra um mundo melhor para todos. Que este seja um exemplo a ser seguido.

Pé na bunda dói!!!!!

Sempre acreditei na teoria de que um "pé na bunda" além de nos fazer andar pra frente, e nunca para trás, é um ingrediente que possibilita momentos de grande inspiração. Poesia boa, me parece ser coisa atingida depois de muito sofrimento. Daí esta canadense falando de um grande amor terminado, ainda quando era nova. Ano passado aquela linda loirinha que se chama Scarlett Johansson roubou o marido da canadense. Alanis Morissette parece que sempre terá um momento propício para cantar a música que a lançou. Quem sabe esta será sua sina. Ladies and Gentlemen, YOU OUGHTA KNOW!

8 de fev. de 2009

Citação 03

Não que o teor alcoólico do final de semana tivesse sido exagerado, muito pelo contrário. Comportamento exemplar (risos) e muita conversa com amigos. Mas esta citação não deixa de ter um lado verdadeiro.
"Melhor morrer de vodca de que tédio"
MAIAKOVISKI

6 de fev. de 2009

Rotulados

Saiu no MixBrasil.

Na pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em conjunto com o Núcleo de Opinião Pública, foi revelado que os gays em geral não são bem vistos pela sociedade. De acordo com o estudo, 57% das 2.014 pessoas entrevistadas acreditam que os gays "quase sempre são promíscuos".Outros números foram revelados pela pesquisa: 29% admitem que são homofóbicos com travestis, 28% não suportam transexuais, 27% não toleram lésbicas e bissexuais e 26% não conseguem ver dois homens juntos. Além do preconceito a olhos vistos, o estudo apontou que apenas 24% dos entrevistados em 150 municípios brasileiros acreditam que os gays precisam de medidas legais que os amparem. A pesquisa conclui comparando que os gays sofrem com o mesmo nível de rejeição comumente dedicado à ciganos, ex-presidiários e prostitutas.

Isto me faz perguntar: até onde a postura dos gays reforça este preconceito? O que faz com que a sociedade nos veja desta forma? Chegaremos ao ponto de ver estes números diminuírem? Quando? Temos esperança que isto aconteça? Queremos que a sociedade nos veja com outros olhos? O importante é parar um pouco, pensar, refletir, reavaliar, para quem sabe, mudar este olhar.

4 de fev. de 2009

AMAR

Amar: verbo transitivo direto, indireto, verbo intransitivo? Não faço a mínima idéia. Isto porque este verbo não se materializa no concreto, e sim se manifesta no abstrato.
Não podemos defini-lo. Não podemos decifrá-lo. Não podemos entendê-lo.
Às vezes ele nos aproxima, outras nos afasta, nos cega, nos complementa, nos dilacera.
Acredito que sua melhor compreensão é a não compreensão. Amar sem perguntar, amar sem julgar, amar sem saber, amar sem dizer, amar sem exprimir, amar sem ruir.
Para aqueles que o julgam ter encontrado, sorte, conjugue-o. Aqueles que estão a sua procura, sorte também , persiga-o.
Amar sem pudor, amar sem rancor, amar com ardor, amar com amor.

Texto - André Ranzatti

3 de fev. de 2009

Damien Rice, Ladies and Gentlemen!!!!

Ele passou por Sampa na semana passada. Chamou alguns dos fãs para acompanhá-lo no palco e viu um monte deles sentados aos seus pés cantando uma de suas canções. Na saída uma fã pediu para que ele cantasse uma música que não havia sido tocada no show e ele atendeu ao pedido da fã e cantou com seu violão para um número pequeno de pessoas que o esperavam na porta dos fundos da sala de espetáculos. Uma amiga até ganhou um "last hug". Nada de histeria, de gritos ou escândalos. Quem sabe ter uma carreira assim pode ser também um grande barato. Direto da trilha sonora de "CLOSER", Ladies and Gentlemen, Mr. Damien Rice.

30 de jan. de 2009

O Toque

Tocar, encostar, sentir. O toque suave, cheio de boas intenções, e porque não de algumas más intenções. O toque que é puro, fruto do carinho, da compaixão, do amor. Toque este que te leva ao êxtase, do sentimento mais que saudável que é ser brim quisto, e também altamente desejável.
Não se vêem mais toques prolongados, aqueles que envolvem, como Drummond nos envolve, como Paris nos envolve. Os toques de hoje são rápidos, viris, às vezes deliciosos, mas quase sempre têm por finalidade saciar nossos instintos, que não podemos negar que todos temos.
Tocar a pele, as negras teclas do piano, ou mesmo a campainha da casa de alguém amado. Tocar o coração, a alma, o toque não físico, mas sim, o mais abstrato, o mais impalpável, e porque não o mais utópico.
Tocar com os olhos, desnudar, seduzir, devorar, despudorar. Tocar com o corpo inteiro, sentir o encontro dos poros, derramar gotas de vinho, sussurrar, enlouquecer, e nunca deixar de tocar.

Texto - André Ranzatti

29 de jan. de 2009

Uma nova vida!!!!!

Não sei onde, num passado distante, lí a seguinte frase: " Cada criança ao nascer nos traz a mensagem de que Deus não perdeu a esperança nos homens ". Ontem uma linda garotinha chamada Luna nasceu. Logo lembrei da frase. Não sei se é romântica demais, poética demais, irônica demais. Só sei que a guardei. A guardei com o único intuito de acreditar nela, se depositar também minha fé nas pessoas. Coincidência ou não, ontem também comemorei 2 anos de um belo e prazeroso relacionamento. Espero poder comemorar junto com a Luna vários de seus aniversários e celebrar ao lado do Rogério muitos mais anos de amor. Quem sabe assim, a Luna possa crescer com os tios ao seu lado, e naturalmente entender as diversas possibilidades do amor.

Bem Vinda, querida Luna!!!!

27 de jan. de 2009

Citação 02

Numa época de Big Brother (que assisto, e gosto) sempre vale lembrar esta frase de BAUDELAIRE. Vocês concordam?????

" A glória pessoal nada é mais que o resultado da acomodação de um espírito à imbecilidade de um povo "

23 de jan. de 2009

Direto do Tunel do Tempo

mexendo em uma pilha de Cds antigos, redescobri um conjunto que há um bom tempo não ouvia suas canções. Hootie and the Blowfish e a canção se chama Goodbye. Feita para todos aqueles que já curtiram uma fossa. Imediatamente me lembrei de uma aluna que tive uma paixonite de adolescente. quem diria.... como as coisas mudam, não é não?????  risos

22 de jan. de 2009

A Fonte da Juventude

Quem nunca passou um creminho no rosto que atire a primeira pedra. A Tv mostra homens e mulheres preocupados com estética. Não é impossível ver um cara no banheiro da academia passando uma produto no rosto, no corpo. (Ele não tem que ser necessáriamente gay, viu!!!!) Não sou muito noveleiro, ou melhor, quase que não assisto tv, mas esta semana assisti ao primeiro capítulo da nova novela da Globo, Caminho das Índias. Fiquei espantado quando a veterana (olha o eufemismo) atriz Vera Fisher apareceu. A cor da pele estava cor de laranja. Uma vez saí do consultório de uma dermatologista com o rosto exatamente daquela cor, e chamei a atenção de várias pessoas. Será que a Vera também está fazendo peeling???? A parte superior da boca dela está mais dura que uma táboa de bater carne. Excesso de botox ou médico mal treinado???? Aquela imagem me fez pensar. A mídia vendendo uma imagem artificial, às vezes impossível de se atingir, dado o valor dos tratamentos estéticos, inacessível para a maioria. Não condeno aqueles que querem estar bem. Mas só posso rir daqueles que se desfiguram para parecerem o que não são. Viver e encontrar o caminho do meio me parece ser a saída. Ou senão o melhor a se fazer é descobrir o nome do médico da global e passar bem longe, não?

Fui....

20 de jan. de 2009

O Obama chegou!!!!!

Barack Obama toma posse da Presidência dos Estados Unidos. O mundo inteiro está atento. Será que ele vai conseguir salvar o planeta? As bolsas de valores aguardam, as forças armadas aguardam, o mundo aguarda. Crise financeira, guerra, restauração da grande potência, Obama diz que vai trabalhar para consertar o mundo. Acho que todos nós desejamos viver num mundo mais justo, com mais harmonia, mais amor. Façamos aquilo que está ao nosso alcance para poder diminuir as mazelas do mundo. Não vamos ficar esperando que o Obama resolva tudo. Pobre Obama. Provavelmente ele não conseguirá resolver tudo, ele não é o Sassá Mutema (lembram do Lima Duarte?). Somos nós, os únicos que podemos nos salvar. Mas e se o Obama conseguir? Quem viver, verá!

19 de jan. de 2009

Música é sempre bom!!!!!

No atual imenso campo  fonográfico, se quisermos, principalmente pela internet, podemos conhecer diversos artistas diariamente que até ontem não tinhamos a mínima noção de que existiam. Foi assim que esta cantora me foi apresentada por alguém muito especial. Regina Spektor. Gostei bastante. Espero que vcs gostem também.

17 de jan. de 2009

Citação 01

Como pode alguém tornar-se um pensador sem passar pelo menos um terço do dia sem paixões, pessoas e livros?

NIETZSCHE

16 de jan. de 2009

Momento MAYSA

Desalento

Era como se uma lâmina muito fina o tivesse perfurado. Se foi uma lâmina, uma grossa faca, uma serra, ou qualquer outro objeto cortante, ninguém poderia sentir aquela dor. Ela era só dele. Deitado em seu leito, quase que em posição fetal, restava lá, seus podres restos.  Gemidos, gemidos bem diferentes aos de prazer, eram proferidos por seus lábios quase cerrados. Os lençóis estavam molhados de lágrimas que não paravam de sair de seus olhos inchados. Ai se houvesse uma  arma  naquele  recinto. Não  hesitaria  de  puxar  o 
gatilho, nem que fosse contra suas próprias têmporas. Talvez aquela dor pudesse cessar. O copo cheio de gim ficava no criado mudo. Algumas garrafas vazias completavam o ambiente, ambiente este muito diferente ao que havia sido planejado para quando estivessem juntos. Os sinais de que ele não mais dividia aquele espaço com ninguém eram notórios. Roupas e mais roupas jogadas no chão. Um amontoado delas, espalhadas por todos os cantos. Cantos que testemunhavam calados uma dor, e não podiam ajudar. Quiçá aquele pesadelo pudesse acabar. Que bom seria poder despertar daquele incômodo e se aliviar com uma outra realidade. Mas aquela era a sua. Só uma bala, daquela salvadora arma teria a capacidade de terminar com aquela pena. Que fiz para merecer tal punição? Não fizera nada. E por não ter feito nada, que ela o tinha deixado. 

TEXTO - André Ranzatti    

Bem Vindos!!!!!!

É com um imenso prazer que inicio o meu blog. Dividir impressões, opiniões, pontos de vista. Compartilhar meus loucos pensamentos, minhas loucas filosofias, um pouco de mim. Se jogar no maluco mundo da internet, explorar novas linguagens. Espero que vocês gostem!!!!!